terça-feira, 25 de novembro de 2008

CASO ELOÁ ERA NOVELA


Isso que é absurdo! A TV anda fazendo cobertura de casos sem se importar que por trás disso há sofrimentos! Colocam 24h no ar, como se fosse uma novela a se acompanhar! "Caso Eloá", "Caso Isabella", "Caso Joãozinho da esquina"...

E nesse meio tempo, com certeza ocorreu caso parecido que durou 2 minutos de sequestro, onde um maior matou uma menina de 12 anos no interior do Sergipe, e ninguém soube! (é suposição apenas).Então, Se isso acontece toda hora e ninguém se sensibiliza porque nem fica sabendo, por que a mídia impõe que UM caso seja acompanhado como novela, manipulando a comoção por uma personagem principal e ódio por um vilão, enquanto a população poderia estar cuidando das próprias famílias?

O caso que supus e esse ocorrido não são iguais, com o mesmo fim? Levando à morte de adolescente? Então, por que esse foco em cima de UM caso, enquanto é COMUM? Quem tem que focar nisso é a polícia, e somente ela. Ninguém percebeu que a mídia em cima atrapalha? Quem sabe se não tratassem como novela, talvez tivesse havido negociação, e só receberíamos UMA notícia: "Fim de sequestro de tantas horas: reféns são resgatadas". ISSO é o papel da mídia. Eles não aprenderam?

Nossa mídia está muito acostumada com entretenimento em cima do sofrimento alheio. O crime está mais na TV e nos jornais do que nas ruas...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

ATÉ A CANNABIS?


Postei abaixo, dois artigos publicados na revista Caros Amigos, de novembro e dezembro de 2007, a respeito do Lobby antimaconha, imperante na sociedade brasileira. Leia e entenda um pouco mais sobre uma proibição que, na minha opinião, é extremamente arbitrária e baseada, em preconceitos e simplificações ridículas. Proibição essa, que muito contribui para enriquecer os barões do narcotráfico, assim como policiais e políticos corruptos.

O lobby antimaconha


por Guilherme Scalzilli*


O jornalista Ruy Castro costuma afirmar que o “lobby pró-maconha” está prestes a vencer, para malefício da sociedade brasileira. Infelizmente, o consagrado autor equivoca-se: é o poderosíssimo lobby antimaconha que ainda sustenta no país esse proibicionismo arcaico, tolo e ineficaz. A demonização da droga surgiu nos EUA, para compensar o fracasso da Lei Seca e fortalecer o recém-criado FBI. Depois da Guerra Fria, os entorpecentes substituíram a ameaça comunista no discurso do intervencionismo estadunidense. O modelo repressivo disseminou em escala mundial as conseqüências nefastas da própria Lei Seca – crime organizado, corrupção, marginalidade, consumo galopante. Desmoralizado, foi substituído na Europa, no Canadá e até em regiões dos EUA. Iniciado o processo de transferir a questão para os âmbitos da saúde pública e da redução de danos, a descriminalização da maconha representa uma evolução histórica inevitável. Os debates sérios superaram definitivamente a tolice do “trampolim” para outras drogas, o preconceito contra o uso recreativo e a ilusão de que o Estado pode gerir a privacidade e o corpo dos indivíduos. A maconha é menos prejudicial e viciante que outras substâncias proibidas (cocaína, heroína) ou controladas (tabaco, álcool, remédios) e possui propriedades medicinais reconhecidas. Diversos estudiosos, como o Dr. Raphael Mechoulam, da Universidade Hebraica de Jerusalém, comprovaram a eficácia da Cannabis em tratamentos de câncer, AIDS, inflamações, doenças neurológicas e hepáticas, diabetes, osteoporose e alcoolismo. Eis por que a bilionária indústria farmacêutica pressiona para manter a maconha na clandestinidade. O mesmo vale para autoridades médicas, policiais e religiosas, que completam o lobby dos beneficiários do proibicionismo e são seus maiores apologistas.


O lobby antimaconha - 2


A hipocrisia e a mistificação atravancaram o debate sobre a descriminalização da maconha. Defensores de interesses ecônomicos,corporativos e políticos, tratados como especialistas, transformaram-se em portas-vozes inquestionáveis do modelo repressivo.A indústria farmacêutica perderá fortunas guando as possibilidades terapêutica da cannabis forem exploradas. A maconha é facilmente cultivável, o que inviabilizaria sua apropriação comercial pelos laboratórios. A simples mençao ao aspecto medicinal causaria tamanho estragonos argumentos contrários a legalização, que o setor precisou esconder-se, apelando para a intermediação dos congressistas e médicos. Mas os profissionais da saúde também têm seus motivos. O proibicionismo garante a luxuosa sobrevivência de muitos psiquiatras e psicôlogos, esses astros da terapia adolescente que frequentam programas televisivos. Fazendo propaganda veladas dos próprios serviços, eles declamam um alarmismo pseudotécnico, omitindo as especificidades das substâncias proíbidas para que soem igualmente ameaçadoras. Semelhante deturpaçao fundamenta a postura de certos criminalistas, policiais e religiosos, ávidos para preservar a autoridade e os rendimentos oriundos da demonização da planta.O cimento ideológico da estupidez repressiva vem do conservadorismo tacanho que infecta a grande imprensa. Os fundamentalistas do atraso rejeitam a tendência mundial pela descriminalização, pois temem que seu notório sucesso comprometa a estrutura de dogmas tradicionais da direita. Associar o consumo da maconha ao crime organizado ajuda a manter coeso o repertório amplo de valores deturpados, que abrangem direitos humanos, aborto e outros temas. O rigor científico e a sensatez derrubariam esse castelo de bobagens, como cartas de um baralho gasto.

APENAS BRANCO

Lauro Rodrigues foi outro alvo de piadas na mídia. As pessoas não sabem que os debates em épocas de eleições concedidos em programas ao vivo, são todos armados. Lauro Rodrigues sabia sim de todas as perguntas que lhe seriam direcionadas , quanto sabia de todas as suas respostas. Mas o fato que ocorreu foi um branco em sua mente, por ser a primeira vez que estaria tentando se eleger e também por estar em um programa ao vivo diante das camêras. O famoso branco é nada mais do que um “erro” em nosso cérebro, como explica o neurologista do grupo Fleury de Medicina e Saúde, Hélio Gomes. “O branco é uma falha transitória da memória e normalmente não está associado a um distúrbio neurológico".
Assim a mídia conseguiu acabar com qualquer forma desse candidato se eleger, que possivelmente nunca conseguirá, à não ser que seu markting eleitoral e politico seja muito forte, revertendo essa desagradável situação.

RAVE NA MÍDIA


Qual a primeira coisa que vêm a sua mente quando falamos em festa Rave?? Se foi em drogas, você foi mais um influenciado pela mídia.

É, a mídia conseguiu denegrir mais uma imagem que possui toda uma ideologia por trás. Na TV passaram videos de pessoas tendo convulsões pelo excesso de drogas, também falaram do som ensurdecedor que encomodavam todos os moradores da região. Mas esqueceram de passar vídeos de pessoas se divertindo com os amigos, curtindo um belo som eletrônico. Esqueceram de mostrar toda uma confraternização e a paz que envolve a todos que estão presentes.

Enfim, a mídia em muitas vezes é sensacionalista e oportunista em não abranger todos o conteúdos de um determinado assunto, e sim procuram por "furos de reportagem" e deturpam qualquer assunto em prol de um produto final chocante e escandalizador. No caso das Raves ela mostrou apenas aquilo que iria denegrir sua imagem.