segunda-feira, 24 de novembro de 2008

ATÉ A CANNABIS?


Postei abaixo, dois artigos publicados na revista Caros Amigos, de novembro e dezembro de 2007, a respeito do Lobby antimaconha, imperante na sociedade brasileira. Leia e entenda um pouco mais sobre uma proibição que, na minha opinião, é extremamente arbitrária e baseada, em preconceitos e simplificações ridículas. Proibição essa, que muito contribui para enriquecer os barões do narcotráfico, assim como policiais e políticos corruptos.

O lobby antimaconha


por Guilherme Scalzilli*


O jornalista Ruy Castro costuma afirmar que o “lobby pró-maconha” está prestes a vencer, para malefício da sociedade brasileira. Infelizmente, o consagrado autor equivoca-se: é o poderosíssimo lobby antimaconha que ainda sustenta no país esse proibicionismo arcaico, tolo e ineficaz. A demonização da droga surgiu nos EUA, para compensar o fracasso da Lei Seca e fortalecer o recém-criado FBI. Depois da Guerra Fria, os entorpecentes substituíram a ameaça comunista no discurso do intervencionismo estadunidense. O modelo repressivo disseminou em escala mundial as conseqüências nefastas da própria Lei Seca – crime organizado, corrupção, marginalidade, consumo galopante. Desmoralizado, foi substituído na Europa, no Canadá e até em regiões dos EUA. Iniciado o processo de transferir a questão para os âmbitos da saúde pública e da redução de danos, a descriminalização da maconha representa uma evolução histórica inevitável. Os debates sérios superaram definitivamente a tolice do “trampolim” para outras drogas, o preconceito contra o uso recreativo e a ilusão de que o Estado pode gerir a privacidade e o corpo dos indivíduos. A maconha é menos prejudicial e viciante que outras substâncias proibidas (cocaína, heroína) ou controladas (tabaco, álcool, remédios) e possui propriedades medicinais reconhecidas. Diversos estudiosos, como o Dr. Raphael Mechoulam, da Universidade Hebraica de Jerusalém, comprovaram a eficácia da Cannabis em tratamentos de câncer, AIDS, inflamações, doenças neurológicas e hepáticas, diabetes, osteoporose e alcoolismo. Eis por que a bilionária indústria farmacêutica pressiona para manter a maconha na clandestinidade. O mesmo vale para autoridades médicas, policiais e religiosas, que completam o lobby dos beneficiários do proibicionismo e são seus maiores apologistas.


O lobby antimaconha - 2


A hipocrisia e a mistificação atravancaram o debate sobre a descriminalização da maconha. Defensores de interesses ecônomicos,corporativos e políticos, tratados como especialistas, transformaram-se em portas-vozes inquestionáveis do modelo repressivo.A indústria farmacêutica perderá fortunas guando as possibilidades terapêutica da cannabis forem exploradas. A maconha é facilmente cultivável, o que inviabilizaria sua apropriação comercial pelos laboratórios. A simples mençao ao aspecto medicinal causaria tamanho estragonos argumentos contrários a legalização, que o setor precisou esconder-se, apelando para a intermediação dos congressistas e médicos. Mas os profissionais da saúde também têm seus motivos. O proibicionismo garante a luxuosa sobrevivência de muitos psiquiatras e psicôlogos, esses astros da terapia adolescente que frequentam programas televisivos. Fazendo propaganda veladas dos próprios serviços, eles declamam um alarmismo pseudotécnico, omitindo as especificidades das substâncias proíbidas para que soem igualmente ameaçadoras. Semelhante deturpaçao fundamenta a postura de certos criminalistas, policiais e religiosos, ávidos para preservar a autoridade e os rendimentos oriundos da demonização da planta.O cimento ideológico da estupidez repressiva vem do conservadorismo tacanho que infecta a grande imprensa. Os fundamentalistas do atraso rejeitam a tendência mundial pela descriminalização, pois temem que seu notório sucesso comprometa a estrutura de dogmas tradicionais da direita. Associar o consumo da maconha ao crime organizado ajuda a manter coeso o repertório amplo de valores deturpados, que abrangem direitos humanos, aborto e outros temas. O rigor científico e a sensatez derrubariam esse castelo de bobagens, como cartas de um baralho gasto.

Um comentário:

Unknown disse...

INTÃO FOI LENDO HIGH TIMES QUE EU VI QUE PLANTA EM CASA, É O MELHOR QUE O MACONHERO FAZ PRA NÃO SER PEGO PELO RAPA...MELHOR FUMA EM CASA, VÁRIAS GRAMAS DO RAXA, POLÍCIA AKI NAO BRINCA DE DÁ TAPA NA MINHA CARA, O CARA PÁRA PARA REACENDER A BAGA O CAMARA DO CAMARADA NÃO É DA LATA MAS DÁ PRA FAZER A CAXA!!


CONE O MOVIMENTO! LEVANTE, CANTE, NÃO SE ESPANTE E PASSE ADIANTE!!

LEGALIZE